Domingo eu quero ver...


Os domingos da televisão brasileira nunca foram tão concorridos como os atuais. E felizmente, para nós telespectadores, a qualidade dos produtos apresentados surpreende positivamente.
No SBT, a dupla Silvio Santos e Gugu Liberato voltou a ser responsável por bons índices de audiência, que recolocaram a emissora da Anhanguera na briga pela liderança no horário. Investindo no carisma do gênio Silvio Santos, em quadros com a participação de famosos e no sucesso da menina Maísa, as tardes dominicais do SBT voltaram a incomodar a concorrência.
Elogios também para o “Domingo Legal”, que deixou a apelação de lado e investiu pesado em quadros assistenciais, com alguma finalidade. Pegou o caminho certo.
Na TV Globo, apesar do já famoso desgaste e das poucas reinvenções ao longo dos anos, “Domingão do Faustão”, o futebol e “Fantástico” continuam imbatíveis.


O programa de Fausto Silva é o único global dominical que consegue fugir da mesmice ao trazer para seu público novas idéias, quase sempre trazidas do exterior, como “Circo dos Famosos”, “De Cara pro Muro” e afins. Nem sempre acerta, mas é disparado o programa de auditório com mais qualidade da televisão brasileira.

Já o “Fantástico” continua patinando feio, tantos nos números do IBOPE; quanto na qualidade de suas pautas, idéias e reportagens. A credibilidade e a tradição da atração ainda seguram a revista em alta, mas longe de ser o sucesso retumbante do passado.
A Record também tem uma programação consolidada no horário, com o agradável “Tudo é Possível” de Eliana e o “Domingo Espetacular”.
Importante ressaltar que o jornalístico, apesar de ter um público fiel, já viveu dias melhores. Na ânsia
de inovar e ganhar pontos de audiência acabou virando uma salada de notícias com quadros sem sentido e desnecessários. Menção honrosa para as boas reportagens especiais.
Ou seja, opções não faltam. Muitos irão discordar, dizendo que todos os programas citados são de gosto duvidoso e popular.


E realmente são. Só que isto vai totalmente de acordo com o perfil do telespectador que liga a televisão neste dia.
Domingo é quando a família se reúne em frente ao televisor. Portanto nada mais correto do que investir em atrações familiares, que “falem” com um grande número de pessoas, atingindo do neto ao bisavô; do esportista ao intelectual. Em outras palavras, que sejam programas populares.

E não há nada de errado nisso.


Exemplo

Louvável a atitude dos meios de comunicação em incentivar doações para as vítimas da enchente em Santa Catarina. Isso sim é prestação de serviço. Pelo menos encerramos o ano com um bom exemplo, após o show de horror que foram as coberturas dos casos Isabela e Eloá.

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