Jui Huang ator de "Negócio da China" ouviu que "passaria fome" por ser oriental


Caçula de três irmãos, Jui Huang sempre foi o mais "perdido" da família. O ator, que vive o Liu de "Negócio da China", nunca se encontrou profissionalmente. Prova disso é que, apesar de ter se formado em Educação Física, ele já trabalhou com vendas, administração... Mas apenas para se manter. "Nunca durei muito tempo numa coisa só", reconhece.
Seu destino profissional, no entanto, mudou quando ele começou a participar de comerciais e logo foi escolhido para atuar no filme "O Amor do Outro Lado do Mundo", de Lucélia Santos, previsto para estrear no fim do ano. "Já nas primeiras cenas tive certeza de que era isso que queria fazer para o resto da vida", afirma. Nascido em Taiwan, na China, Jui veio para o Brasil com menos de dois anos de idade. "Como qualquer família de imigrantes, em busca de uma vida melhor", explica.

Agora, ele atua em sua primeira novela como o chinês que movimenta - literalmente - a trama. Seu personagem roubou US$ 1 bilhão já no primeiro capítulo da história, protagoniza cenas de ação dignas de cinema e agora busca desesperadamente o pendrive que contém as informações sobre o dinheiro. "Mas ele é um cara do bem. O vilão está vindo por aí", defende, referindo-se ao personagem de Anderson Lau, que se faz passar por Liu para recuperar a fortuna.

Apesar da empolgação com o papel, Jui - que fala mandarim fluentemente - não esconde uma certa apreensão com a carreira. "Quando fiz o filme, perguntei para as pessoas do ramo como era o mercado para orientais. E me disseram que se eu largasse meu emprego para tentar, iria passar fome", recorda. Outro agravante, para ele, é sua cicatriz no lábios.
Jui acredita que, para viver um lutador de kung fu, ela seja oportuna. Mas já se preocupa com futuros papéis. "Será que poderei fazer um amigo do amigo sem estar atrelado ao fato de ser oriental? É essa minha meta. Vamos ver no que vai dar", avisa.

Com boa estréia Ó Pai Ó marca 23 pontos


- Na série, cada episódio tem sua independência, portanto serão histórias com início, meio e fim, diferentemente do filme que era uma obra mais aberta. Também não há uma regra na sua abordagem; temos episódio mais trágico, outro mais melodramático, outros cômicos do início ao fim. Além disso, cada episódio tem a sua própria levada, com atmosferas bem diferentes, não segue uma fórmula única - explicou Monique Gardenberg.

  
Segundo dados preliminares, a nova série da Globo marcou uma média de 23 pontos, superando a antecessora “Guerra e Paz” que marcava 18 pontos.