A má-vontade de Paulo Betti com o programa humorístico "CQC" chegou ao fim. É o que o próprio ator disse em um texto publicado nesta segunda-feira na internet, em que promete ser mais "tolerante" e "paciente" com os integrantes do programa.
O imbróglio começou em setembro, durante o lançamento de um filme. O repórter Oscar Filho lembrou que Betti havia, no passado, feito propaganda na TV para campanha eleitoral de Lula. Depois perguntou se o ator se inspirou no presidente para gostar de beber uísque.
O ator não gostou da pergunta e em ao menos outras três entrevistas em eventos, mostrou-se irritado com os repórteres do humorístico, exibido pela Band às segundas-feiras.
No texto, Betti diz que acha o programa divertido e que o assiste de vez em quando. Afirmou, porém, que "eles rompem o limite do que é irreverente e caem no desrespeitoso".
Ainda assim, o ator disse que seguirá o conselho de amigos e vai considerar apenas como irreverência as provocações do programa. "De resto, não vou me incomodar quando botarem minha fotografia dentro da privada", completou.
O âncora do "CQC", Marcelo Tas, disse que os repórteres não ultrapassaram o limite entre a irreverência e o desrespeito com o ator.
Tas disse que ficou surpreso com a reação de Betti, já que o país hoje não vive mais na censura e que assuntos políticos podem ser mencionados com liberdade e até com humor e irreverência.
O ator ainda acusou o programa de abordá-lo com perguntas "agressivas, ardilosas ou inadequadas". Ele reclamava da menção à sua participação política em um evento de cinema.
Tas respondeu que esse julgamento "é um problema dele [Betti] com seu psicanalista", já que o ator fez campanha aberta para o partido do presidente.
O apresentador disse que teve uma conversa com o ator há duas semanas e que o assunto foi resolvido. "Está tudo bem com o Paulo. Eu considero que esse assunto está esclarecido, mas nós vamos continuar praticando a irreverência sem confundi-la com o desrespeito", disse Tas.
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